
A ínfima parte do mundo, a pedra semítica do museu,
o ângulo inverso
do sorriso genérico da mulher
In Nuno Higino, O animal eólico do corpo (2007)
Aberta ao público em 2022 em dois momentos, na Fábrica do Braço de Prata e na Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (no contexto do Festival InShadow), a exposição de fotografia apresentava 5 telas de grande dimensão com impressões de 5 propostas ‘irmãs’ de dois corpos nus, de duas mulheres nuas, que repousavam inversamente sobre a mesma superfície. Numa outra parede, havia um friso de pequenos quadrados-recortes dos mesmos dois corpos nus, das mesmas duas mulheres nuas, de visibilidade contrastante comparativamente às grandes telas.
Numa outra sala, as duas mulheres desenhavam, à vez, o corpo nu uma da outra. Voltavam a partilhar as superfícies: a folha, o cavalete e o lápis com que desenhavam, o sofá onde posavam. Durante todo o tempo de abertura de portas da exposição, esta ação prolongava-se à porta fechada – nela, um orifício, por onde espreitava quem procurava pela performance.
fotografia
Joaquim Leal
corpo e desenho
Joana Franco & Lara Maia
Fábrica do Braço de Prata
setembro 2022
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
Festival InShadow
dezembro 2022





















